Neste orbe persistem
Prosápias criaturas,
Como deletérias cobras
Que o solimão expelem.
Respiram a dor de outrem,
Transpiram falsidade
E transformam em verdade,
Mentiras que outros ferem.
Sem mágoa nem pesar,
De calúnia se ufanam,
Sem nunca balançar.
Quando tal fel propalam,
Durante seu breve passar,
De meu ente se amovam.
Catarina Azevedo