Num querer de não querer,
Nesta nostálgica madrugada
Dei por mim aqui sentada
Num pensar só de te ver.
Tua imagem assola meu ser
Que neste dia, angustiada
Dei a alma aos pés, arrasada
De morte, enganada de te crer.
Já meu coração não bate,
Minha morte se avista.
Neste mar de solidão
Cambaleando na noite,
Parto mundo à conquista
Do amor do meu coração.
Catarina Azevedo